quarta-feira, 14 de julho de 2010

CNI instala Núcleos de Inovação para estimular empresas

CNI 70 anos As empresas que investem ou planejam investir no desenvolvimento de produtos e processos têm um novo aliado. São os Núcleos de Inovação que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) está instalando em diversos pontos do país. A idéia é criar um núcleo na federação de indústria de cada estado e no Distrito Federal, além de unidades de apoio à inovação nos diferentes setores da atividade industrial...

fonte: DCIOs núcleos, que serão implantados gradativamente, oferecerão informações, produtos e serviços que estimulam a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico nas empresas. No Rio Grande do Sul e no Espírito Santo, os núcleos já estão funcionando. A unidade do Rio Grande do Sul oferece cursos nas áreas de gestão da inovação tecnológica, negociação de tecnologia, estratégias de inovação em novos mercados e elaboração de projetos para obtenção de recursos da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (ANPEI).

O núcleo gaúcho, que funciona em Porto Alegre, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), concentrará as atividades deste ano em capacitação empresarial. Mas haverá outros serviços à disposição dos empresários, como o apoio para obtenção de recursos de subvenção em projetos de inovação. O núcleo também será um espaço para a formação de parcerias como a que foi feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae), o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), a FIERGS e o governo do Rio Grande do Sul com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Com essa parceria, o Sebrae encaminhou um projeto para o governo federal e obteve R$ 15 milhões em recursos para subvenção. O dinheiro foi repassado às pequenas empresas. Segundo a superintendente do IEL no estado, Elisabeth Urban, os recursos foram destinados ao desenvolvimento de 44 projetos de inovação, pesquisa e desenvolvimento de empresas que concorreram a um edital do Sebrae.

Uma das empresas gaúchas que se beneficiou dos serviços voltados à inovação é a indústria de artefatos cerâmicos Jomon, de Porto Alegre. O projeto da Jomon foi um dos contemplados com os recursos de subvenção obtidos pelo Sebrae. Hoje a empresa desenvolve um polímero com partes de cerâmicas para aplicações em indústrias petrolífera, têxtil e de jateamento abrasivo. Essa nova tecnologia deve chegar ao mercado em 2011 e será usada, por exemplo, em bicos de jateamento abrasivo e dispositivos de limpeza de dutos de petróleo.

A Jomon também participou do curso de gestão da inovação tecnológica, em abril deste ano. “A partir do que vimos no curso, já fizemos mudanças na empresa. Por exemplo, a gente sempre recebia propostas dos funcionários para projetos, mas não de forma ordenada. Agora formalizamos esse mecanismo por meio do banco de ideais”, explica o diretor de P&D da Jomon, Rafael Vieira. A empresa sempre aposta em inovação. Tanto é assim que 55% do faturamento são provenientes de atividades ligadas à inovação.

No Núcleo de Inovação do Espírito Santo, será realizado o curso de gestão da inovação e apresentadas palestras sobre propriedade intelectual, entre outras atividades. Nos dias 25 e 26 de julho, ocorrerá o Seminário Nacional da Inovação. “Durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, de 19 a 22 de outubro, vamos ter palestras e estandes com exposição de produtos de inovação”, adianta o coordenador da área de Inovação da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (FINDES), Iomar Cunha. Neste ano, a FINDES pretende atender 30 empresas no Núcleo e a meta é dobrar esse número em 2011.

A exemplo do Rio Grande do Sul, o Núcleo capixaba também está centralizando atividades de inovação realizadas pela FINDES, o IEL, o Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). “É importante unir as diversas políticas de inovação para que elas sejam oferecidas de forma mais concatenada e focada”, entende Cunha. Além disso, novos projetos serão elaborados para as empresas.

Nos próximos dias, começam a ser inaugurados os núcleos de inovação setoriais. Os primeiros serão instalados nas associações nacionais de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), da Indústria Ferroviária (Abifer) e da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).

Os núcleos são mais um instrumento da CNI para estimular a inovação nas empresas. A indústria entende que a conquista de novos mercados depende do grau de inovação das empresas, mas apenas 6 mil empresas brasileiras fazem pesquisas e 30 mil declaram inovar. A meta da CNI, expressa no Manifesto da Inovação, é dobrar o número de empresas inovadoras até 2012.

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